Cine Tumba He-Man e os Mestres do Universo !
Confesse: se você foi criança na década de 1980, certamente
gritou muito a frase “Pelos Poderes de Grayskull” nas brincadeiras com seus
amigos. e certamente também foi ao cinema na estreia de Mestres do Universo,
filme estrelado por Dolph Lundgren no papel de He-Man. Provavelmente também
voltou decepcionado do cinema porque aquele não era o herói que você viu na TV.
Pois bem… o fato é que o longa-metragem completou 30 anos de
sua estreia nos Estados Unidos e, para comemorar, descobrimos várias
curiosidades de bastidores que nem o Esqueleto deve saber, mas que Cine Tumba traz
com detalhes para você.
1. He-Man Wars
A empresa de brinquedos Mattel recebeu, em 1976, uma
proposta de George Lucas para produzir os bonecos de Star Wars, mas recusou a
oferta, acreditando que aquela aventura espacial não tinha futuro. Após o
megasucesso da trilogia, a empresa quis recuperar o tempo perdido e lançar uma
linha similar de bonecos e o designer Roger Sweet desenvolveu três modelos (um
com bárbaros, um com soldados e outro com astronautas). Os executivos da Mattel
aprovaram o bárbaro, que ganhou uma história pregressa e se tornou He-Man (sem
a identidade secreta do Príncipe Adam). Foi este personagem que serviu de base
para o longa-metragem – e não o desenho animado, como muita gente acredita. Daí
as diferenças conceituais entre os dois.
2. Da Suécia para Etérnia
O sueco Dolph Lundgren foi o primeiro ator a ser contratado
para o filme. Antes de dar vida a He-Man, ele havia interpretado o lutador
Drago, em Rocky IV (1985) e o guarda-costas Venz, que protege o General Anatol
Gogol, em 007 – Na Mira dos Assassinos (1985). Conta-se que, quando o diretor
foi contratado para dirigir o filme, ficou decepcionado ao saber que Lundgren
já havia sido confirmado no papel, pois ele preferia o ator Matthew Modine
interpretando He-Man.
3. Ursa Maligna
Sarah Douglas, a intérprete da kryptoniana Ursa, em Superman
II (1980) e da Rainha Taramis, em Conan, o Destruidor (1984) tinha o estilo
perfeito para interpretar Maligna, a feiticeira comparsa de Esqueleto. No
entanto, ao ser convidada a atriz não se interessou pelo papel, que ficou com a
atriz Meg Foster.
4, He-Man, Superman ou Spider-Man?
A Cannon Group, produtora do filme, planejava fazer um filme
do Homem-Aranha e até chegou a divulgar um pôster da produção. No entanto, como
tinha pouco orçamento, preferiu dividir o valor em caixa em duas produções –
Superman IV – Em Busca da Paz e Mestres do Universo – a fim de lucrar o
suficiente para produzir o filme do aracnídeo. Resultado: os dois filmes deram
prejuízo e o filme do Homem-Aranha continuou na gaveta.
5. Acabou a Grana
Mestres do Universo teve um orçamento inicial de US$ 17
milhões. Quando o dinheiro acabou, o estúdio encerrou as filmagens antes do
tempo previsto, forçando o diretor a criar soluções rápidas que conduzissem ao
clímax do filme – a batalha final contra Esqueleto. Após dois meses, o estúdio
conseguiu liberar um valor extra no orçamento – que fechou em US$ 22 milhões –
e autorizou que o diretor finalizasse a história como havia planejado, mas num
prazo bem curto.
6. Framboesa
de Ouro? Ah, não…
O anão Gwildor (Billy Barty) foi criado especialmente para o filme para
substituir o personagem Gorpo como alívio cômico da história. O motivo é que
Gorpo exigiria um alto custo em efeitos especiais que o orçamento apertado não
permitia. O mesmo vale para Gato Guerreiro, parceiro de He-Man, que precisaria
ser feito em CGI e encareceria demais o projeto. Barty, por sinal, recebeu uma
indicação para o Framboesa de Ouro, como pior ator coadjuvante, mas “perdeu” o
troféu para David Mendenhall, de Falcão, o Campeão dos Campeões (outra produção
da Cannon Group).
7. Herói
Pacifista
A Filmation, produtora da série animada de He-Man,
não teve nenhuma participação no longa-metragem, nem como consultoria. Já a
Mattel, interferiu em alguns detalhes: determinou que He-Man não matasse
ninguém (motivo pelo qual o exército de Esqueleto é todo formado por robôs) e
fez um concurso cujo vencedor teria um papel no longa-metragem, forçando o diretor
a torcer tempo e orçamento para inserir um personagem que não estava
programado. O vencedor, o garoto Richard Szponder, aparece brevemente, numa ponta,
como um dos capangas de Esqueleto chamado Pigboy.
8. A Volta
dos que não Foram
Para
a Cannon, o sucesso de Mestres do Universo parecia
tão certo que o estúdio já tinha planejado uma continuação. O roteiro mostraria
He-Man voltando à Terra para enfrentar Esqueleto – que tinha retornado ao nosso
planeta e o transformado num local desértico. Com o fracasso comercial do
filme, o roteiro foi reescrito e se tornou o filme Cyborg: O Dragão do Futuro (1989),
estrelado por Jean-Claude Van
Damme.
9. Amor e
Ódio
Frank
Langella considera Esqueleto como um de seus melhores
papéis no cinema. Ele adorou interpretar o vilão, principalmente para
homenagear seu filho, que era um grande fã de He-Man. Lundgren, por sua vez,
considerou o papel de He-Man como o pior de sua carreira e disse, em
entrevistas, que as filmagens foram “um pesadelo”. Tanto que, na possível
sequência, antecipou que não repetiria o papel, o que levou o estúdio a sondar
o surfista Laird John
Hamilton como substituto.
10. He-Man
com Sotaque
Por conta da pouca fluência de Dolph Lundgren em
inglês e seu forte sotaque, o diretor Gary Goddard planejava que sua voz fosse dublada por outro
ator. No entanto, o contrato de Lundgren garantia que ele teria mais tempo para
se dedicar a redublar suas falas na pós-produção. Mas, com o prazo apertado, o
diretor preferiu deixar tudo como estava e a voz de Lundgren é a que foi
gravada originalmente.
12.
Orçamento Apertado
Em esboços iniciais do roteiro, a trama de Mestres
do Universo se passaria totalmente em Etérnia, inclusive com cenas passadas na
Montanha da Serpente. No entanto, com as limitações orçamentárias, o diretor
decidiu que a história deveria se passar na Terra. Goddard conseguiu um valor
extra com o estúdio para filmar o início da história em Etérnia, ao menos.
12. Jack
Kirby, Mestre do Universo
O desenhista e roteirista de quadrinhos, John Byrne, notou
semelhanças do enredo do filme com a saga do Quarto Mundo, que Jack Kirby criou
para a DC Comics. Byrne mencionou isso numa entrevista publicada na
revista Comic Shop
News e o diretor Gary Goddard respondeu a Byrne que
procurou, sim, fazer uma homenagem a Kirby no longa-metragem, mas a todo o seu
trabalho e não apenas ao Quarto Mundo.
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